Colheita do algodão em Mato Grosso avança para 92%

Agro

A colheita do algodão em Mato Grosso entrou na reta final e atingiu 92,23% da área plantada até o dia 5 de setembro de 2025, segundo o levantamento semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). O avanço de 15,57 pontos percentuais em uma semana reforça o ritmo acelerado dos últimos dias, mas o desempenho ainda é 4,53 pontos abaixo do registrado na mesma data da safra anterior.

Entre as regiões produtoras, o destaque é o Médio-Norte, que chegou a 95% da área colhida, seguido pelo Centro-Sul, com 89,49%, e pelo Nordeste, que lidera em termos percentuais, com 98,09% da safra colhida. Já no Noroeste, a colheita alcançou 92,43%, enquanto no Oeste e no Sudeste os índices ficaram em 90,88% e 90,06%, respectivamente. O Norte do estado ainda não iniciou os trabalhos oficialmente.

A comparação com a safra anterior mostra que o atual ciclo apresenta atrasos em todas as regiões, sendo o mais significativo no Centro-Sul, com diferença negativa de -7,91 pontos percentuais frente a 2024. O Noroeste também registra defasagem expressiva (-4,75 p.p.), enquanto o Nordeste é a região com menor discrepância (-0,75 p.p.).

O relatório do Imea indica que, apesar da aceleração recente, o atraso acumulado pode impactar diretamente a logística de escoamento da produção, sobretudo em um momento em que coincide com o fim da colheita do milho e a maior movimentação nos portos e armazéns. Além disso, o prolongamento da safra aumenta a exposição das lavouras a riscos climáticos, como chuvas fora de época, que podem afetar a qualidade da pluma.

Desde o início dos trabalhos, em junho, o percentual colhido saltou de 0,21% para mais de 92%, em pouco mais de dois meses. A expectativa é de que a colheita seja concluída ainda em setembro, consolidando Mato Grosso como o maior produtor de algodão do país e principal referência no fornecimento da fibra para o mercado interno e para exportação.

Especialistas reforçam que o desempenho final da safra dependerá não apenas do avanço da colheita, mas também da capacidade logística de armazenagem e transporte, fatores decisivos para assegurar competitividade ao produto mato-grossense nos mercados internacionais.

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